Foi disponibilizado ontem, dia 25/07, o resultado provisório da terceira fase no site do CESPE.

Como já era de se esperar, dado o nível de dificuldade da prova de inglês deste ano, a média das notas ficou abaixo daquela do ano passado: em 2011, a média de pontuação ficou um pouco abaixo dos 62 pontos; neste ano, a média não chegou a atingir os 55 pontos. Por sua vez, a nota mais alta em 2011 foi 89,00; já em 2012, a nota mais alta foi 85,00.

O prazo para a interposição de recursos vai até amanhã, dia 27/07, às 18h.

Cheers!

 

Como já vimos no post sobre o que é e como se aprende vocabulário, a aquisição de vocabulário depende sobretudo de uma abordagem sistemática e disciplinada. Ler artigos em inglês, por exemplo, certamente pode ajudá-lo a conhecer novos itens de vocabulário, porém se esses itens não forem armazenados de forma correta e completa, revisitados com certa frequência e utilizados criativamente, é possível que você não consiga recuperá-los quando mais precisar deles. Nesse sentido, o objetivo deste post é falar de um software que pode ajudá-lo com o armazenamento e a revisão de novos itens de vocabulário.

Tendo em mente que para aprender um novo item de vocabulário é preciso associá-lo a outras coisas e é preciso vê-lo mais de uma vez, é altamente aconselhável que aqueles que queiram ampliar seu vocabulário adotem algum tipo de método para armazenar os novos itens de vocabulário. Alguns alunos anotam as novas expressões em cadernos divididos em colunas: em uma coluna, escrevem a nova expressão em inglês; na outra, a tradução; nas seguintes, possíveis regências, sinônimos, antônimos etc. Outros alunos fazem isso numa planilha em Excel. Já ouvi falar também de alunos que usam fichas. Minha dica é um software super simples, alimentado pelo próprio aluno, chamado CueCard.

Trata-se de um freeware no qual você insere aquilo que quer memorizar. Após a inserção, você pede para o software fazer um quiz e você pode ver de quantos itens conseguiu se lembrar e o que exatamente precisa rever. Após uma série de quizes, o próprio software começa a focar naquilo com que você está apresentando maior dificuldade – e inclusive oferece estatísticas. Basta que você alimente o software corretamente – o que não é difícil, pois ele é bastante intuitivo. Ele oferece uma série de study modes, opções de importar e exportar e, para os mais apegados ao papel, opções de impressão. Para fazer o download (gratuito) do software, basta clicar aqui.

Apesar de o objetivo desse post ser armazenagem e recuperação de novo vocabulário, não se esqueça de que o input e o uso criativo também são etapas essenciais da aquisição de vocabulário. Para um input eficiente, não fique apenas na leitura de artigos e livros em inglês: adote um livro com uma abordagem sistemática de ensino e aprendizagem de vocabulário (veja dicas aqui). Quanto ao uso criativo, não há como saber se você realmente aprendeu o vocábulo de forma ativa se você não o utilizar. Assim, procure sempre utilizar novas expressões quando estiver fazendo exercícios escritos, principalmente exercícios no modelo da composition.

Cheers!

A prova escrita de inglês deste ano já está disponível no site do CESPE/UNB. Clique aqui para baixá-la (formato .pdf)

Cheers!

A prova de inglês da terceira fase este ano teve como tema geral a China. A Tradução A trouxe um texto sobre a Guerra do Ópio; a Tradução B, um sobre a decadência econômica chinesa no século XIX; o Resumo, um a respeito da posição da China quanto aos BRICS; e a Composition teve como tema interesses Chineses nos BRICS.

Os comentários gerais dos candidatos têm ressaltado, sobretudo, a dificuldade que a Tradução A apresentou, pois o texto original trazia muitas expressões cuja tradução para o português era muito complicada (como “motley”, “bungling”, “dithering” etc.). A Tradução A, que era tradicionalmente vista como a tarefa mais fácil – ou melhor, menos difícil – da prova, provavelmente abaixará a média de muitos candidatos. Por sua vez, o tema da Redação também suscitou muitos comentários nesse sentido. O tema foi algo como “considering China’s strategic objectives, comment on how its participation in the BRICS might fit into this framework”.

Se você está fazendo a terceira fase, o importante agora é não se deixar abalar: a Tradução A foi, aparentemente, difícil para todos e não há nada que se possa fazer agora sobre a prova de inglês. Mantenha o foco nas próximas provas e quando tiver terminado a terceira e a quarta fase, pense nos recursos – lembre-se de que quando os espelhos saírem, você terá menos de 48 horas para interpor recursos.

Agora, se você está se preparando para a prova de 2013, fica aqui minha impressão pessoal de que essa é uma prova de poucas “tendências”: é preciso estar pronto para todas as possibilidades, praticando a tradução, o resumo e a composição de textos os mais variados e procurando expandir, de forma sistematizada, seu conhecimento de vocabulário. Apesar de as provas de inglês do CACD terem declaradamente o objetivo de avaliar se os candidatos têm conhecimentos “avançados” de inglês, na realidade o que elas têm selecionado são candidatos proficientes nesse idioma.

Cheers!

(P.S.: Agradeço os comentários dos meus alunos sobre a prova – comentários os quais possibilitaram esse post – e desejo a todos “boas provas” nesta reta final!)

Partindo do pressuposto de que todos nós somos capazes de melhorar nossa habilidade de writing por meio da percepção e da prática de alguns princípios básicos relacionados a uma escrita clara, concisa e coerente, este primeiro post sobre writing trata de um dos requisitos mais essenciais para uma escrita clara: evitar o abstrato.

As frases normalmente são compostas por palavras de diversas classes gramaticais e geralmente incluem um ou mais substantivos. Há muitos tipos de substantivos (nouns) em inglês, porém o que nos interessa neste post são os concretos e os abstratos. Um substantivo concreto é algo que é perceptível, tangível – algo que se pode tocar, ver, como “wood”, “blood”, “hair”. Substantivos abstratos fazem referência a ideias, conceitos, qualidades, estados mentais: “beauty”, “fascism”, “doubt”, “truth”, “fear”. Não há problema algum em usar substantivos abstratos, desde que sejam empregados da forma correta. O problema com o uso de substantivos abstratos é que, muitas vezes, ao usá-los, acabamos por esvaziar de significado algo que estamos tentando expressar.

Analisemos, por exemplo, a palavra “aspect”. O uso dessa palavra está correto quando a empregamos para falar sobre a forma como uma paisagem, um problema ou uma situação pode ser vista: “When looked at from the aspect of Britain’s interests the proposal is unsatisfactory”. Entretanto, quando a palavra é usada com o sentido de “part” ou “consideration”, a frase acaba não tendo um sentido muito claro: “The government must consider the economic aspect”. Esse tipo de uso de substantivos abstratos acaba exigindo que o leitor interprete (e muitas vezes “superinterprete”) o que o autor quer dizer.

Uma forma de evitarmos essa falta de clareza em nossa expressão escrita é nos certificarmos de que estamos utilizando os substantivos abstratos de forma adequada. Isso pode ser feito tanto ao garantirmos que estamos empregando os substantivos abstratos de forma correta (como no primeiro exemplo com a palavra “aspect”) quanto ao tentarmos “bring them down to earth” – isto é, usar substantivos concretos ou mesmo exemplos que possibilitem que o que se entende por aquela ideia ou aquele conceito abstrato fique mais claro.

Outra forma seria evitar o uso de alguns substantivos abstratos simplesmente “rephrasing” aquilo que inicialmente pensamos ou já escrevemos. Na lista a seguir, podemos ver alguns exemplos de substantivos abstratos empregados de formas pouco claras e sugestões de como tornar essas mesmas frases e ideias mais claras:

Attitude – The countries adopted a menacing attitude. The countries started to act menacingly.
Availability – Supplies will be subject to limited availability. Supplies will be limited / scarce.
Basis –  They do it on a regular basis. They do it regularly.
Capability, capacity –  Iraq has a chemical warfare capability/capacity. Iraq has chemical weapons.
Element – There was a rebel element in the village. There were rebels in the village.
Factor –  We must not forget the unemployment factor. We must not forget unemployment.
Level –  The general level of conduct was satisfactory. Generally, conduct was satisfactory.
Manner – He spoke in a reckless manner. He spoke recklessly.
Nature –  They made arrangements of a temporary nature. They made temporary arrangements.

Cheers!

(Adaptado de “Improve your Writing Skills”, Collins, 2009)

http://www.cespe.unb.br/concursos/DIPLOMACIA2012/

Em matéria publicada pelo jornal O Globo, Maurício Costa, diplomata e fundador do curso Atlas, dá dicas para a segunda fase e afirma que  os candidatos não devem interromper a leitura e os exercícios das línguas estrangeiras (inglês, espanhol e francês), mesmo antes de completarem a segunda fase. É uma forma, ele garante, de manterem atualizado o conhecimento que já adquiriram nessas disciplinas.

Leia aqui o artigo na íntegra!

Cheers!

A prova de inglês do TPS 2012, seguindo a tendência das provas anteriores, deixou claro que o vocabulário é um dos principais componentes sendo avaliados. Das 12 questões, pelo menos cinco delas estavam estritamente ligadas ao conhecimento de itens de vocabulário.

Mas o que é “vocabulário”?

Normalmente, quando pensamos em vocabulário, pensamos em palavras. De fato, as palavras compõem a organização lexical dos idiomas, porém não de forma exclusiva. Isso quer dizer que aprender vocabulário não quer dizer apenas aprender palavras. Para aprender vocabulário, segundo Michael McCarthy (1990), é preciso compreender:

– Formação de palavras:é preciso conhecer prefixos e sufixos (make – making), palavras derivadas (re-make), palavras compostas (make-believe) etc.

– Unidades de multi-palavras: phrasal verbs (look up to, give in) e expressões idiomáticas (have a sweet tooth, do all the donkey work).

– Colocação (Collocations): é preciso reconhecer quais palavras mais provavelmente ocorrem juntas (make a trip or do a trip? depend on or depend of?).

– Relações de Sinonimia: é importante conhecer palavras que têm o mesmo significado, porém sempre com a ressalva de que não há sinônimos absolutos, pois há variações em termos de regência (begin = start, mas dizemos start the car, não begin the car) e formalidade (girl = gal, porém gal é informal).

– Polissemia: muitas palavras quando ocorrem em contextos diferentes apresentam significados bastante diferentes (por exemplo, “bat” = morcego E taco de beisebol).

Esses são apenas alguns dos aspectos de compõem a organização lexical dos idiomas. O que é importante ressaltar, nesse sentido, é que aprender vocabulário não é aprender palavras, mas sim significados.

Como se dá a aquisição de vocabulário de uma língua estrangeira?

Não se conhece de forma detalhada como a mente organiza o vocabulário. O que se sabe é que não se deve presumir que a mente organiza o vocabulário de uma língua estrangeira assim como o faz com a língua mãe (Channell, 1998). O que se pode afirmar, de forma resumida, é que a aprendizagem efetiva de vocabulário se dá através de três operações mentais:

– Input: o vocabulário é inserido de alguma forma na mente
– Armazenamento: o vocabulário é mantido na mente e não se perde
– Recuperação: o vocabulário é recuperado toda vez que necessário para uso

Como isso interfere na forma como você estuda vocabulário?

Entender o que é vocabulário e como ele é adquirido quando do estudo de um idioma estrangeiro nos leva a refletir sobre como podemos estudar vocabulário de uma forma mais eficiente. Seguem algumas dicas:

1. Foco em Vocabulário!

Sem qualquer sombra de dúvida, para aprender mais vocabulário e de forma mais eficiente, é preciso fazer atividades e exercícios que tenham este foco – e não apenas esperar que com alguns exercícios de leitura, por exemplo, o vocabulário será aprendido. Existem diversos livros que têm abordagens sistemáticas quanto à aquisição de vocabulário que podem ser grandes aliados nesse sentido. Outra opção, muito apropriada para quem se prepara para o CACD, é ler artigos de revistas como The Economist com foco no vocabulário: destacar palavras desconhecidas, procurá-las em um dicionário monolíngue, notar se há mais de um significado, quais são as regências possíveis etc.

2. Armazene e Reveja!

Faça um caderno ou uma planilha de novo vocabulário para que você possa revê-lo de tempo em tempo para aumentar suas chances de recuperar esse vocabulário quando precisar.

Nessa lista, não escreva apenas as palavras e expressões novas e suas traduções: anote também a classificação sintática das palavras, como elas podem ser transformadas em substantivos ou advérbios (formação de palavras), quais são os verbos e as preposições mais comum com aquelas palavras (regência), sinônimos, antônimos etc.

3. Mantenha o Vocabulário Sempre Ativo!

Procure usar expressões novas em exercícios escritos – como simulados de redação. É uma boa forma de testar seus conhecimentos e manter esse vocabulário sempre ativo, pronto para ser usado em uma situação de prova!

No próximo post darei dicas sobre livros que podem ajudar na aquisição de vocabulário!

Cheers!

O quarto e último texto da prova de inglês do TPS 2012 veio acompanhado de três questões, assim como os outros textos, as quais estavam relacionadas a compreensão de leitura e vocabulário. Passemos aos comentários.

Questão 1

Based on the text, judge if the following items are right (C) or wrong (E).

1. In the second paragraph, the author suggests that the information collected under duress is not reliable.

Estou de acordo com o gabarito preliminar: a alternativa está CERTA. Na realidade, o texto, na passagem “the sincerity of which is, in any case, questionable, since it was elicited from him when he was under interrogation for the capital crime of libel”, não fala abertamente que houve “duress” (=coação, ameaças), mas a palavra chave da assertiva é “suggest”.

2. The text is built on images associated with darkness, which suggests that Caravaggio’s life, as well as the quality of his art, was shadowy and shady.

Também estou de acordo com o gabarito preliminar: alternativa ERRADA. O texto está, na realidade, construído com imagens de luz e sombra – como a arte do próprio Michelangelo da Caravaggio fazia uso do “chiaroscuro“. As imagens de sombra de fato sugerem que a vida do artista foi “shadowy” (=sombria, obscura) e “shady” (=duvidosa, suspeita), mas não que sua arte tenha sido “shady”.

3. The author provides the opening paragraph with a cinematic quality for he attempts to create dynamic scenes.

Depois de muita hesitação, acredito que a alternativa está CERTA – apesar de mal-formulada, pois muito aberta à interpretação. No primeiro parágrafo, podemos identificar algumas cenas dinâmicas: “A man is decapitated in his bedchamber, blood spurting from a deep gash in his neck. A woman is shot in the stomach with a bow and arrow at point-blank range”. Por causa disso, poderia-se afirmar que o primeiro parágrafo ganha uma qualidade cinematográfica, se pensarmos etmologicamente o que é “cinematic” ou “cinema” (do francês, “cinéma”, redução do termo “cinématographe” cunhado pelos irmãos Lumière no século XIX, que por sua vez vem do grego antigo “kinema”, que quer dizer “movimento”).

4. From the passage “He is a man who can never be known in full because almost all that he did, said and though is lost in the irrecoverable past.” (lines 14-16) it can be correctly inferred that the author is of the opinion that the study of history is a futile attempt to reconstruct events from the past.

Estou de acordo com o gabarito preliminar: a alternativa está ERRADA. O fato de autor dizer que Michelangelo da Caravaggio nunca poderá ser conhecido de forma completa porque tudo o que fez, disse e pensou está perdido em um passado irrecuperável não quer necessariamente dizer que o autor acha que o estudo da história é uma tentativa infrutífera de reconstruir eventos do passado.

Questão 39

In line 5, “at point-blank range” means

A. in a cold-blooded manner

B. summarily.

C. without intention.

D. fatally.

E. within a short distance.

A resposta correta é a E. “Point-blank” é o que em português chamamos de “à queima roupa”.

Questão 40

In the last paragraph of the text, the cause for Caravaggio’s disagreement with the waiter was

A. the sauce served with the artichokes.

B. the inartistic appearance of the food.

C. the unaffordable price of the plate.

D. the frugality of the dish.

E. the lack of freshness of the artichokes.

Estou de acordo com o gabarito preliminar: a resposta correta é a A. O texto dizia: “He has a fight with a waiter about the dressing on a plate of artichokes”. A palavra “dressing“, nesse caso, quer dizer “molho, tempero”, assim como “sauce“.

Cheers!

A Presidente Dilma Rousseff sancionou, em 23/03, o PLC 122/2011, que, entre outras coisas, cria 400 cargos de Diplomata “para provimento gradual a partir de 2011”.

Veja aqui o texto da Lei no. 12.601, de 23 de março de 2012!

Cheers!