Nosso aluno Rogério Gonçalves Graças, aprovado no CACD 2023, nos conta sobre sua preparação para as provas de inglês do CACD e enfatiza a importância de pensar como a banca pensa!

Você já tinha conhecimentos avançados da língua inglesa quando começou a estudar para o concurso?

Não. Eu tinha conhecimentos de inglês generalista, pois estudei em escolas de idiomas na adolescência e fiz muitas leituras em inglês na universidade. Quando comecei a estudar para o Cacd, porém, minha escrita em inglês era elementar.

Quais cursos nossos você fez ao longo da sua preparação?

Procurei a professora Selene no meu terceiro ano de preparação. Após diagnóstico feito pela professora, decidimos conjuntamente que era importante começar uma nova preparação para o concurso, com a consolidação de conhecimentos básicos para posteriormente avançar na matéria. Fiz o Step by Step e o Advanced Steps. Após terminar os cursos, segui fazendo simulados de composition e version com a professora até pouco antes da 1a fase do Cacd 2023.

Como você organizava seu banco de palavras?

Recorri a obras de vocabulário, como o 4000 Essential English Words. Também utilizei outras, como a obra Using Spanish, de R. E. Batchelor. Essa obra contém um acervo riquíssimo de palavras, postas lado a lado (de um lado em inglês, do outro a tradução em espanhol). Essa obra é dividida em tópicos (e.g. natureza, política, fauna e flora etc.), o que me ajudou a conhecer de uma maneira um pouco mais sistematizada palavras menos usuais nos estudos para o Cacd, como nomes de animais, plantas, vertentes políticas e verbos de low frequency. Não cheguei a fazer um banco de palavras próprio, mas sim estudar com afinco padrões de colligation e collocation que eu grifava nos materiais do cursos da professora, nas correções dos exercícios, na obra 4000 Essential English Words e no livro do Batchelor, que eu usava pensando mais na version e na tradução da 2a fase de inglês, que não raro exigem conhecimentos nada triviais de vocabulário. Também recorri com frequência às obras Oxford Collocations dictionary e The BBI combinatory dictionary of English, mediante a releitura de grifos que eu fazia. Também fiz anotações e estudei com afinco a obra Vocabulando, de Isa Mara Lando.

Como você fazia as revisões do banco de palavras?

Eu relia os grifos e anotações que fazia nos materiais dos cursos da professora e nas obras de vocabulário a que me referi acima. As revisões não eram lineares, mas eu me esforçava para não ficar muitos dias sem fazê-las. Minhas revisões eram essencialmente releituras, repetições.

Você estudava vocabulário de alta frequência e de baixa frequência? E como estudava colocações e coligações?

Eu priorizava estudar vocabulário de alta frequência porque era o tipo de vocabulário que eu usaria na prova de escrita de inglês (tanto na composition e no summary quanto nas traduções). Eu reservava uma parte menor dos meus estudos para estudar vocabulário de baixa frequência, pensando sobretudo no que poderia ser cobrado na versão e na tradução. Eu estudava colocações e coligações por meio da análise continuada das correções da professora e dos materiais dos cursos, bem como dos grifos e das anotações que fiz nas obras Oxford Collocations dictionary e The BBI combinatory dictionary of English.

Quais exercícios complementares a nossas aulas você fez (gramática, vocabulário, Vocabulando, extensive reading etc.)?

Li com atenção a obra Simon & Schuster Handbook for writers e estudei com afinco o Vocabulando. Essas obras são incríveis, para dizer o mínimo, mas são enormes e demandam tempo. Sobretudo nos dias anteriores à 2a fase de inglês, foquei minhas revisões nas seções de gramática dos materiais que tinha do Step by Step e do Advanced Steps.

Como você estudava com base nas nossas correções individualizadas?

Após receber as correções, eu grifava padrões de colligation com uma cor e os de collocation com outra cor. Além disso, eu fazia comentários sobre os erros apontados pela professora e propunha soluções para eles. À medida que fui revisando as correções e as anotações que eu fazia, fui internalizando todo o progresso feito a cada exercício, o que me deu muita segurança no momento da prova.

Quantas horas de estudos você dedicava, em média, à língua inglesa semanalmente?

Cerca de 8 horas por semana. A prova de 2a fase de inglês sempre foi um grande desafio para mim. Por essa razão, após ter tido mau desempenho na 2a fase do Cacd 2021, decidi estudar inglês com muita constância e disciplina, ainda que espaçadamente.

Como seus estudos de inglês mudavam com a publicação do edital? Você focava só na primeira fase? 

Eu focava na releitura dos materiais e das correções da professora. Dias antes da 1a fase, porém, eu revisava anotações e correções de provas de Cacds anteriores. Isso me dava confiança e me relembrava que não é necessário saber tudo para ir bem na prova. Ter estratégia de prova e aplicar os ensinamentos da professora são essenciais.

O que você julga importante na preparação para a prova de inglês de primeira fase?

Internalizar o que é ensinado pela professora nos cursos e conhecer profundamente as provas dos Cacds anteriores. As avaliações passadas são uma fonte de estudos riquíssima e devem ser analisadas com seriedade.

Você tinha alguma estratégia no que diz respeito a deixar respostas em branco na prova de inglês de primeira fase?

Minha estratégia na 1a fase sempre foi tentar não deixar nada em branco. Para mim, isso sempre deu muito certo, pois, ao fazer as provas anteriores e as corrigir, percebi que o saldo dos meus “chutes” era sempre positivo. Isso, no entanto, foi o meu caso, e aconselho que cada candidato (a) reflita profundamente sobre o que é melhor para si. Na 1a fase de Inglês, nas 2 vezes que fiz, cheguei a deixar itens em branco, pelo simples motivo de não ter ideia da resposta (isso ocorria sobretudo em questões de vocabulário). Quando eu tinha pelo menos 51% de certeza da resposta, eu costumava não deixar em branco.

Sobre a prova discursiva de inglês, em que ordem você acha aconselhável fazer as tarefas? Por quê?

Minha estratégia sempre foi seguir a ordem composition/summary/versão/tradução. No Cacd 2023, após o início da prova discursiva, porém, acabei seguindo a ordem composition/versão/tradução/summary. Fiz isso porque consegui fazer a redação muito rapidamente (cerca de 1 h e 50 min.). Ao perceber que ainda tinha mais de 3 horas para fazer os demais exercícios, optei por fazer primeiro os que eu sabia que tinham maior potencial de discrepância de notas entre os candidatos: primeiro a versão, depois a tradução. Essa estratégia deu certo, pois tive notas altas nos dois exercícios, e isso foi um importante fator de diferenciação. No summary, tive bom desempenho, mas aquém do que eu esperava. Talvez por tê-lo deixado por último e já estar cansado, acabei não o fazendo com o mesmo esmero que os outros exercícios. Ao meu ver, o summary é o exercício com maior potencial de notas altas. Portanto, fazê-lo com muita atenção costuma ser muito recompensador.

Quanto tempo você acha aconselhável reservar para cada tarefa da prova de inglês de segunda fase?

2 horas e 15 min. para a composition, 1 hora e 10 min. para o summary, 45 min. para a versão e 40 min. para a tradução. Considero importante deixar os 10 min. finais para revisar todos os exercícios e corrigir erros, se possível. É preciso ter muito cuidado, pois rasuras sobrescritas são penalizadas pela banca examinadora.

Como era seu processo para cada tarefa da prova de inglês de segunda fase? Você conseguia fazer rascunho em todas as tarefas? E revisões?

Eu fazia rascunho apenas da composition, não só porque ela representa 50% dos pontos da prova, mas também porque ir bem na redação costuma ser fator decisivo para a aprovação no Cacd. É raro encontrar candidatos que foram aprovados sem terem feito boas compositions. Quanto às demais tarefas, eu as fazia diretamente nas folhas de respostas, com muita cautela e com concentração redobrada.

Por fim, você tem alguma dica de ouro para os candidatos que seguem na preparação?

Pensem como a banca pensa! Uma estratégia defensiva, baseada tanto na gramática normativa quanto em padrões de colligations e collocations, é o melhor caminho. Internalizem os ensinamentos da professora Selene e busquem se tornar aprendizes autônomos de língua inglesa. Não menosprezem nenhuma das tarefas da prova discursiva. As traduções, em especial, não são loteria: elas exigem trabalho e aprimoramento contínuos.

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