Dear readers,
Primeiramente, happy new year! Que este seja um ano de muitas conquistas para todos!
Retomamos as atividades aqui no blog com um relato escrito por Riane Tarnovski, aprovada no CACD 2015. Espero que suas dicas de estudo sejam úteis e que os motivem para um ano de estudos, foco e determinação!
Cheers!
“Olá! Foi-me solicitado um relato de minha preparação para passar no CACD, e aqui segue uma breve explanação de meus estudos. Iniciei a jornada no segundo semestre de 2011, um pouco antes de me formar na graduação, o que totaliza 4 anos e meio de estudos. É imprescindível esclarecer que toda a minha preparação foi em Florianópolis/SC, longe dos “grandes centros” de cursinhos (Bsb, RJ e SP), o que traz uma dificuldade adicional em termos de bons cursos e professores direcionados para o concurso. Os primeiros dois anos foram apenas de estudos: curso regular e avançado no Clio, estudo de línguas com professores particulares de espanhol, francês (depois de cursos intensivos na Aliança Francesa) e inglês. Fiz curso de redação de português e inglês no Clio, o que pode ser bom para quem é iniciante, mas deixa muito a desejar para quem quer passar efetivamente. No início (2011-2012), queria abraçar o mundo e fazer absolutamente tudo que o cursinho dizia: estudava de 10-12h por dia e lia absolutamente TUDO que era passado. Erro. Pragmatismo é a alma do negócio. Até vale a pena ler algumas obras completas, mas apenas algumas. Para mim, o mais importante era compilar e sistematizar o que era lido para uma futura revisão; caso contrário, o conteúdo irá esvair-se na miríade de assuntos que temos de estudar para a prova.
Comecei a trabalhar em junho/2013 no Tribunal de Justiça de SC, um concurso que passei graças aos estudos do CACD mesmo. De lá pra cá, o estudo tornou-se muito pragmático e focado. Já estava na fase de aprofundamento e de “aparar arestas”. E que arestas são essas? São os autodiagnósticos que fazemos após o concurso de cada ano: o desempenho deixou a desejar em qual(ais) disciplina(s)? Então essas merecem maior atenção no ano seguinte, tendo em mente que línguas e PI são de estudo constante.
Montei cadernos digitais (no Word mesmo) de cada uma das disciplinas e fui atualizando ao longo desses 4 anos e meio. Notícias e dados importantes de PI saíam dos jornais e iam direto para o caderno. Lembre-se de que você precisa lembrar daquilo que leu na hora da prova, por isso a revisão é sempre tão importante. Com os anos, foram surgindo cursinhos online MUITO bons, como Sapientia, IDEG, Espaço Zeitgeist e Ciclo EAD. Como em qualquer cursinho, alguns professores se destacam mais que outros. Mas pelo menos era possível escolher a matéria (e o prof.) de cada um. Os cursos de exercícios sempre me foram muito caros, pois me forçavam a fazer revisões periódicas. E, como repetirei mais à frente, REVISÃO É ESSENCIAL.
Em todos os anos de preparação, fui melhorando minha pontuação. Sei que não são todos os candidatos que são assim, mas funcionou comigo, o que me motivava muito. Em 2014, concorria com apenas 17 vagas e, no resultado final, fiquei na 33ª colocação. Analisei minha pontuação com as dos aprovados e percebi que a deficiência estava na prova de Inglês da 3ª fase, assim como eu poderia melhorar em PI-GEO. No interregno entre o CACD 2014 e o CACD 2015, foquei as energias em línguas e PI (sinceramente, pode cair qualquer coisa em GEO!). Esse foi o momento em que meu estudo de 3ª fase para inglês foi revolucionado. Em Florianópolis, simplesmente NÃO EXISTE professor de inglês para a 3ª fase do concurso, então tive de buscar auxílio online. Foi quando me indicaram a profa. Selene Candian. Ela tem uma correção meticulosa e detalhista, e mais: além da correção, ela apresenta sugestões de melhoria e de substituição. Recomendo-a, juntamente com a correção via Skype, que reforça a correção e cria uma espécie de revisão de cada simulado.
Uma última dica valiosa na minha preparação que me ajudou a sempre melhorar as notas ao longo dos anos é TREINO. Com disciplina e treino, é questão de tempo até passar. Treinar e simular TODAS AS FASES é imprescindível! Somente com treino é que se consegue a serenidade e a confiança de que se terminará a prova no tempo aprazado. Claro que o CACD mede conhecimento e inteligência, mas sem treino para a prova não se passa. A parte da manhã da 1ª fase parece uma maratona, assim como a prova de inglês de 3ª fase (que não dá tempo de fazer quase nenhum rascunho) e as de francês e espanhol! Por isso é tão importante simular a situação real de prova: coloque-se em um ambiente silencioso, com uma garrafa de água, canetas pretas com tubos transparentes, lanche saudável e CRONOMETRE. De nada adianta se você não cronometrar.
O meu estudo para a 2ª fase iniciou-se junto com o da 1ª fase. Como tudo na vida, é questão de treino e costume: acostumar-se a escrever de forma bem objetiva e sem metáforas. De repente, existe muita linguagem metafórica da qual não tínhamos nos dado conta! Nada que treino e um bom professor de Língua Portuguesa não resolvam. No meu caso, encontrei a melhor professora pra mim (tanto para a 1ª quanto para a 2ª fase): Claudia Simionato. Eu busquei, busquei, busquei… tive aula com muitos professores (online e presencial), e simplesmente não encontrei ninguém à altura dela. Sei que a sintonia aluno-professor também conta muito, talvez por isso aprecio tanto a aula dela, mas a Simionato tem um diferencial universal: ela realmente conhece a prova e a correção da banca a fundo. Isso transmite confiança para que o candidato escreva sem medo de que será penalizado.
Muitas pessoas já iniciam o estudo de 3ª fase antes mesmo de passar na 1ª. Com exceção de línguas (inglês, francês e espanhol), não acho que isso seja imprescindível. Eu só estudei especificamente para a 3ª fase depois de passar na 1ª (com exceção de línguas), até porque a quase totalidade do assunto já havia sido explorada para a 1ª fase. Estou insistindo muito na prova de línguas porque, desde 2011, com número de vagas reduzido, elas têm-se tornado fundamentais para a aprovação. Além disso, uma disciplina em que, normalmente, os candidatos não tiram nota alta na 3ª fase é História do Brasil. E, assim como fiz jus aos trabalhos da Simionato e da Selene Candian, preciso exaltar o trabalho incrivelmente fenomenal do João Daniel. Você, candidato de longe dos “grandes centros”, não deixe de aproximar-se desse professor incrível, nem que seja online. Este foi meu caso, por exemplo. Ainda não o conheço pessoalmente, mas admiro-o como grande mestre que foi e é. Ele acreditou em mim e no meu potencial. Ele leu minhas respostas meticulosamente e chamou-me a atenção – inúmeras vezes – para meus erros mais frequentes. Sem contar que assistir a uma aula dele é tão prazeroso quanto ir ao cinema!
Caros, espero ter ajudado de alguma forma. Boa sorte para quem inicia e para quem está nesse caminho. Ele pode ser longo, mas certamente será cheio de boas surpresas e de pessoas maravilhosas.”
Riane, parabéns. Gostei muito de lhe conhecer em Brasília, apesar do estresse todo da situação. Muito útil o seu depoimento.
Boa noite. Poderia dizer como estudava PI? Assinava quais revistas? Portais online?
Muito bacana seu relato, me formo em dois anos e comecei agora a preparação.
Obrigado pela atenção.
Gente, alguém sabe onde ela fez inglês em Floripa??? 🙂
Seu relatório ficou ótimo!! Grato pelo seu gesto.