Como já vimos no post sobre o que é e como se aprende vocabulário, a aquisição de vocabulário depende sobretudo de uma abordagem sistemática e disciplinada. Ler artigos em inglês, por exemplo, certamente pode ajudá-lo a conhecer novos itens de vocabulário, porém se esses itens não forem armazenados de forma correta e completa, revisitados com certa frequência e utilizados criativamente, é possível que você não consiga recuperá-los quando mais precisar deles. Nesse sentido, o objetivo deste post é falar de um software que pode ajudá-lo com o armazenamento e a revisão de novos itens de vocabulário.

Tendo em mente que para aprender um novo item de vocabulário é preciso associá-lo a outras coisas e é preciso vê-lo mais de uma vez, é altamente aconselhável que aqueles que queiram ampliar seu vocabulário adotem algum tipo de método para armazenar os novos itens de vocabulário. Alguns alunos anotam as novas expressões em cadernos divididos em colunas: em uma coluna, escrevem a nova expressão em inglês; na outra, a tradução; nas seguintes, possíveis regências, sinônimos, antônimos etc. Outros alunos fazem isso numa planilha em Excel. Já ouvi falar também de alunos que usam fichas. Minha dica é um software super simples, alimentado pelo próprio aluno, chamado CueCard.

Trata-se de um freeware no qual você insere aquilo que quer memorizar. Após a inserção, você pede para o software fazer um quiz e você pode ver de quantos itens conseguiu se lembrar e o que exatamente precisa rever. Após uma série de quizes, o próprio software começa a focar naquilo com que você está apresentando maior dificuldade – e inclusive oferece estatísticas. Basta que você alimente o software corretamente – o que não é difícil, pois ele é bastante intuitivo. Ele oferece uma série de study modes, opções de importar e exportar e, para os mais apegados ao papel, opções de impressão. Para fazer o download (gratuito) do software, basta clicar aqui.

Apesar de o objetivo desse post ser armazenagem e recuperação de novo vocabulário, não se esqueça de que o input e o uso criativo também são etapas essenciais da aquisição de vocabulário. Para um input eficiente, não fique apenas na leitura de artigos e livros em inglês: adote um livro com uma abordagem sistemática de ensino e aprendizagem de vocabulário (veja dicas aqui). Quanto ao uso criativo, não há como saber se você realmente aprendeu o vocábulo de forma ativa se você não o utilizar. Assim, procure sempre utilizar novas expressões quando estiver fazendo exercícios escritos, principalmente exercícios no modelo da composition.

Cheers!

A prova escrita de inglês deste ano já está disponível no site do CESPE/UNB. Clique aqui para baixá-la (formato .pdf)

Cheers!

A prova de inglês da terceira fase este ano teve como tema geral a China. A Tradução A trouxe um texto sobre a Guerra do Ópio; a Tradução B, um sobre a decadência econômica chinesa no século XIX; o Resumo, um a respeito da posição da China quanto aos BRICS; e a Composition teve como tema interesses Chineses nos BRICS.

Os comentários gerais dos candidatos têm ressaltado, sobretudo, a dificuldade que a Tradução A apresentou, pois o texto original trazia muitas expressões cuja tradução para o português era muito complicada (como “motley”, “bungling”, “dithering” etc.). A Tradução A, que era tradicionalmente vista como a tarefa mais fácil – ou melhor, menos difícil – da prova, provavelmente abaixará a média de muitos candidatos. Por sua vez, o tema da Redação também suscitou muitos comentários nesse sentido. O tema foi algo como “considering China’s strategic objectives, comment on how its participation in the BRICS might fit into this framework”.

Se você está fazendo a terceira fase, o importante agora é não se deixar abalar: a Tradução A foi, aparentemente, difícil para todos e não há nada que se possa fazer agora sobre a prova de inglês. Mantenha o foco nas próximas provas e quando tiver terminado a terceira e a quarta fase, pense nos recursos – lembre-se de que quando os espelhos saírem, você terá menos de 48 horas para interpor recursos.

Agora, se você está se preparando para a prova de 2013, fica aqui minha impressão pessoal de que essa é uma prova de poucas “tendências”: é preciso estar pronto para todas as possibilidades, praticando a tradução, o resumo e a composição de textos os mais variados e procurando expandir, de forma sistematizada, seu conhecimento de vocabulário. Apesar de as provas de inglês do CACD terem declaradamente o objetivo de avaliar se os candidatos têm conhecimentos “avançados” de inglês, na realidade o que elas têm selecionado são candidatos proficientes nesse idioma.

Cheers!

(P.S.: Agradeço os comentários dos meus alunos sobre a prova – comentários os quais possibilitaram esse post – e desejo a todos “boas provas” nesta reta final!)